Sindicato dos Trabalhaores nas Indústrias Plásticas Descartáveis e Flexíveis, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região

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Intolerância patronal interrompe negociação coletiva

13 Abril, 2021

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Clique para ver a galeria de fotos Nada de aumento real, descumprimento do compromisso de 2020 em relação ao abono anual (Programa de Participação e Resultados) e a intolerância em ouvir a indignação da classe trabalhadora representada. Esta foi a marca da primeira rodada de negociação para renovação da convenção coletiva dos mais de oito mil trabalhadores das indústrias plásticas de Criciúma e região, nesta terça-feira (13), por videoconferência.

“Mais uma vez vieram para negociar apenas um advogado e executivos de empresas, os empresários não participam, aliás, os sindicatos patronais, em especial o da indústria descartáveis, para a classe trabalhadora só existem no papel”, registra o presidente do Sindicato dos trabalhadores, Carlos de Cordes, o Dé.

Na abertura da rodada o advogado representante patronal apresentou a proposta de renovação da convenção coletiva em todas as suas cláusulas com reajuste das questões econômicas pelo índice nacional de preços ao consumidor (INPC), que o IBGE constatou ser de 6,94% entre abril de 2020 e março de 2021.

“A diretoria do Sindicato passou duas semanas reunindo os trabalhadores em assembleias nas portas das fábricas para elaboração do rol de reivindicações, como prevê a lei e a tradição, mas sobre isto os representantes patronais não dedicaram nenhum tempo, um desrespeito aos trabalhadores”, enfatiza de Cordes. “Na lógica deles teríamos que ouvir, aprovar e encerrar a negociação”, arremata o representante dos trabalhadores.

Ao se manifestar, Carlos de Cordes utilizou exemplos do cotidiano dos trabalhadores para destacar cláusulas importantes à categoria, como por exemplo, o retorno das homologações das rescisões de contrato de trabalho na sede do sindicato e a extrema necessidade de se conceder ganho real nos salários, diante do grave aumento do custo de vida no ano que passou.

“Mostramos nossa indignação à proposta patronal de não cumprir o acordo firmado, por escrito, de recomposição do abono anual”, ressaltou Dé, explicando que, em 2020, por conta da pandemia, os trabalhadores aceitaram receber apenas 87,3% do abono previsto. Por isto, em 2021, o cálculo de recomposição seria sobre o valor integral do ano passado, fato que os patrões não querem honrar neste momento. Neste ponto, a negociação foi interrompida, por iniciativa patronal.

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